ESTE AMOR
Este amor que levamos escondido
e, por nós dois somente, partilhado;
tão fundo em nós gravado, e assim gravado,
tão longe de poder ser esquecido;
este amor só por nós dois dividido,
e, por tão dividido, eternizado
este tão doce amor, crucificado,
este amor como vento de verão,
tão
que às vezes foge, sem querer, da mão,
mas, embora mistério..., tão constante!
Poema de Marco Antonio Cajiao,
Tela El abrazo, da série Abrazos (1998),
de Cézar Correa,
poeta e artista colombianos
*****
ANSEIO
Amor, vivo tão só, nesta tristeza,
onde minh'alma se desfaz em pranto,
longe do teu olhar cheio de encanto,
em que fiquei eternamente presa.
Tão longe ando de ti, numa incerteza
de ter-te, minha vida! E entretanto,
vai crescendo este amor, mas tanto e tanto,
em místico fervor como quem reza!...
Ando faminta, cheia de desejo
dessas carícias tão de mim ausentes,
que me enlouquecem, e que em ti prevejo...
E morro na paixão que mal pressentes,
e perdem-se pelo ar cheios de pejo
os beijos que te dou e tu não sentes...
Poema de Helena Verdugo Afonso,
Tela Nu, de Enid Simões de Abreu,
poeta e artista angolanos
onde minh'alma se desfaz em pranto,
longe do teu olhar cheio de encanto,
em que fiquei eternamente presa.
Tão longe ando de ti, numa incerteza
de ter-te, minha vida! E entretanto,
vai crescendo este amor, mas tanto e tanto,
em místico fervor como quem reza!...
Ando faminta, cheia de desejo
dessas carícias tão de mim ausentes,
que me enlouquecem, e que em ti prevejo...
E morro na paixão que mal pressentes,
e perdem-se pelo ar cheios de pejo
os beijos que te dou e tu não sentes...
Poema de Helena Verdugo Afonso,
Tela Nu, de Enid Simões de Abreu,
poeta e artista angolanos