sexta-feira, outubro 26, 2007

Sensivelmente Cortázar

"Era perfectamente normal que te acordaras de él a la hora de las nostalgias,
cuando uno se deja corromper por esas ausencias que llamamos recuerdos
y hay que remendar con palavras y con imágenes tanto hueco insaciable"
(Julio Cortázar, em Final del juego)

quarta-feira, outubro 24, 2007

Atravessando a ponte...


"Hoje, assim todos os dias, tenho de atravessar uma ponte;
a sua frágil armação de inseguros instantes
permite ver a água, funda, quieta, à espera.
Mãos pacientes puseram na minha bagagem
talismãs para ajudarem em tão difícil passagem" *
* José Luis García Martín, poeta espanhol, em Atravessar uma Ponte,
do livro Trípticos Espanhóis
(Foto: Ponte Hercílio Luz, Florianópolis)

domingo, outubro 14, 2007

Le bleu

Um detalhe: a cor preferida de Edith Piaf é azul. É a primeira pergunta da entrevista na praia.

sábado, outubro 13, 2007

"La Môme Piaf"

Não deve ser tarefa muito fácil adaptar para o cinema a história de vida de personalidades tão marcantes. Sempre corre-se o risco de o filme não estar à altura do biografado. O ponto de equilíbrio, nesses casos, costuma ser a força da interpretação, como ocorreu com Salma Hayek, em Frida, Jamie Fox, em Ray, e agora, com Marion Cotillard, interpretando de forma magnífica a vida sofrida e ao mesmo tempo arrebatadora de Edith Piaf, em "Piaf - Um Hino ao Amor".
Embora o filme intercale diferentes épocas da vida de Piaf, o que exige do público um certo conhecimento de sua história, até mesmo quem nunca ouviu falar da cantora (será que isso é possível?) fica impressionado com essa pequena mulher, de apenas 1,47, cuja voz cantou o amor e encantou o mundo. Emocionante uma das últimas cenas, em que Piaf está tricotando na praia e é entrevistada por uma jornalista. Depois de várias perguntas, ela indaga: - Se desse um conselho a uma mulher, qual seria? Piaf responde: - Que ame. E a uma jovem: - Que ame. E a uma garota? - Que ame.
E foi exatamente o que ela fez ao longo de sua vida, amou muito. Seu grande amor foi o pugilista Marcel Cerdan, morto em um acidente de avião, do qual Edith jamais se recuperou. A ele dedicou um de seus mais belos clássicos, "L'hynne à l'amour", escrita em parceria com a pianista Marguerite, sua fiel amiga. A letra possuía algo premonitório: "Si un jour, la vie t'arrache à moi, si tu meurs, que tu sois loin de moi peu m'importe, si tu m'aimes, car moi, je mourrai aussi..."
Só por falar de amor, em todas as possibilidades e conseqüências, o filme já valeria muito a pena. Com a vida de Piaf, então, nem se fala.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Correnteza



"Não sei para onde as corredeiras me levarão, só sei que quero ir, sem rumo, sem prumo... apenas sentindo o banzeiro domar meu corpo."

São Gabriel da Cachoeira

No período de 19 a 23 de setembro, estive em São Gabriel da Cachoeira, município localizado a 852 quilômetros de Manaus. O motivo foi a visita de Lula para o lançamento do PAC indígena. Trabalhei muito, só relaxei depois do evento. E é claro que aproveitei para conhecer melhor aquele paraíso. Posso dizer que São Gabriel é o que há de mais belo no Amazonas. Abaixo, eu, em dois momentos: fazendo o tipo engajada (viva Che, dane-se a Veja) e pronta para trabalhar, by Cantão (minhas contradições burguesas, fazer o quê?)





Como ninguém é de ferro, fui à praia e fiquei horas a contemplar o belo rio Negro.









Posso garantir que o pôr-do-sol ali é realmente fascinante, inspirador...















Ao fundo, a imagem das montanhas que lembram a "bela adormecida", daí porque a paisagem é assim conhecida



Tudo de bom...